Agora fica uma pergunta no Ar: Por que comemorar tanto a derrubada de uma Medida Protetiva que Buscava tão simplesmente dar sensação de proteção e segurança para uma ex servidora de confiança acuada?
Quando uma mulher decide buscar a proteção judicial, é porque seu senso de segurança foi brutalmente abalado. Ninguém tem bola de cristal para adivinhar até onde podem chegar as intenções de uma pessoa completamente estranha, mas de quem se já foi intimo é mais fácil prever e se preocupar. Nenhuma Instituição, especialmente a própria Justiça, deveria negar a uma mulher acuada o direito de poder delimitar um perímetro de espaço-ambiente onde ela não se sinta vulnerável, isolada e ameaçada.
Ocorre que deveria ser óbvio entender que quem melhor conhece uma pessoa não é o público que a observa de longe, mas sim aqueles que trabalham diariamente ao seu lado. Um assessor de confiança é a pessoa que está presente nos bastidores, é quem vê as nuances do comportamento que muitas vezes não são expostas ao público e não apenas a imagem projetada nas mensagens publicitárias. Se a verdadeira face de alguém só se enxerga com a convivência e a proximidade então quem não estava nos bastidores dos diálogos entre duas pessoas não tem condições de opinar sobre os julgamentos que cada um deles faz do outro. Ninguém nunca saberá o que uma pessoa promete à outra caso algo saia do esperado, de igual forma causa estranheza a notícia de que uma pessoa não queira que a outra se sinta protegida. Qual o sentido para eliminar uma medida protetiva ? o que pode estar em jogo aqui?
Se, como alegado, não havia nenhuma intenção de prejudicar, porque reverter uma decisão que visava apenas proteger ? Se a acusação foi fruto de um devaneio, por que temer o que possa vir à tona? Por que garantir a possibilidade de se aproximar novamente de uma mulher que busca se afastar por medo ?
A ação de quebrar uma medida protetiva nos leva a questionar: em um ambiente de trabalho, onde o respeito deveria ser a base de todas as relações, a prioridade deveria ser sempre proteger as vítimas, e não desconstruir seus esforços de autoproteção.
Para completar, não é a primeira vez que atitudes questionáveis emergem do lado de quem comemora o fim da medida protetiva. Pessoas ligadas a essa mesma administração já agrediram fisicamente um corretor de imóveis dentro da própria autarquia e, até hoje, nada foi feito. Portanto, o questionamento é inevitável: qual o motivo para derrubar essa medida? O CRECI MT deveria ser o primeiro a LUTAR pela continuidade desta MEDIDA PROTETIVA ! Porém o silêncio da atual gestão da autarquia dos Corretores de Imóveis em Mato Grosso quanto aos últimos episódios de agressões contra corretor e funcionárias nos induz a crer que talvez estejamos presenciando episódios de abuso de poder, mascarados por tentativa de silenciamento ? Esperamos que não !
E como interpretar a tentativa de imputar PERSEGUIÇÃO POLÍTICA a um fato ocorrido internamente, dentro da vivência do cotidiano da própria gestão ? Isso sim é pura insanidade, já que não existe amigo maior do que aquele que exige explicações sobre os erros cometidos, justamente para evitar que eles voltem a ocorrer !
Ao refletirmos sobre essas questões, é importante lembrarmos da importância de acolher e proteger quem se sente ameaçado, e que o esforço desproporcional para deslegitimar a dor de uma vítima pode ser um sinal de algo mais profundo e preocupante.
Artigo de Juliano Lobato
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